Pequenos procedimentos cirúrgicos realizados com todo o suporte e acolhimento asseguram maior qualidade de vida e bem-estar aos pacientes.

Pequenos procedimentos cirúrgicos

A cistoscopia ou cistouretroscopia é um exame endoscópico que utiliza a uretra ou orifício da cistostomia como via de acesso para o exame no qual consiste na visualização da uretra, próstata e bexiga.

Trata-se de um dos procedimentos mais comuns da urologia realizado ambulatorialmente ou no centro cirúrgico com o paciente sob anestesia local ou sedação, utilizando um aparelho chamado cistoscópico que pode ser rígido ou flexível.

Suas principais indicações são:

  • Investigação de hematúria;
  • Biópsia da uretra ou bexiga;
  • Seguimento após ressecção de tumores da uretra ou bexiga;
  • Citologia urinária atípica;
  • Vigilância para carcinoma de células transicionais do trato urinário superior;
  • Investigação de infecções do trato urinário recorrentes;
  • Investigação de sintomas obstrutivos e irritativos da micção;
  • Incontinências urinárias;
  • Investigação da síndrome da dor pélvica crônica;
  • Estenose de uretra;
  • Traumas;
  • Anomalias vesicais;

  • Remoção de corpo estranho (exemplo: cateter duplo J);
  • Remoção de cálculos vesicais pequenos;
  • Investigação de hematospermia;
  • Investigação da azoospermia obstrutiva.

Visualização de bexiga, com retirada de um pequeno fragmento para análise do material pelo patologista.

Dilatação da uretra para aliviar a sensação de dificuldade para urinar.

Fimose

Fimose é a dificuldade ou a impossibilidade de exposição da glande devido ao estreitamento do prepúcio.

Primária ou fisiológica com resolução de 50% dos casos no final do primeiro ano de vida, aproximadamente 89% aos 3 anos de idade, 92% aos seis a sete anos e 99% aos dezesseis a dezoito anos.

Secundária ou patológica decorrente a formação de cicatrizes, sendo suas principais causas as balanopostite, balanite xerótica obliterante ou líquen escleroso, doença crônicas com tratamento inadequado (exemplo: diabetes) e retração forçada do prepúcio.

O diagnóstico é feito através do exame físico onde é observado um anel constritivo ao retrair o prepúcio, dificuldade ou impossibilidade de exposição da glande.

O tratamento clínico da fimose primária da criança pode ser feito com uso de pomadas ou cremes de corticoides com uma taxa de sucesso maior de 90%, porém com recorrência de até 17% dos casos.

O tratamento cirúrgico é indicado nos casos de fimose secundária, questões religiosas, estéticas, balanopostite de repetição e em paciente com infecções recorrentes do trato urinário com alterações anatômicas.

Retirada de algum corpo estranho.

Cateter implantado em centro cirúrgico e que pode ser retirado no próprio centro.

Operação para curar estrictura da uretra, por incisão externa ou interna. A uretrotomia é realizada com instrumento endoscópico, através da uretra.

Procedimento realizado quando o paciente opta pela esterilização, ou seja, quando opta por não ter mais a capacidade de reprodução humana.

Indicada, principalmente, em casos nos quais há dificuldade de urinar ou em pós-cirurgias.

Medicações para problemas hormonais utilizados em pacientes com estágio avançado de câncer de próstata, como, por exemplo, zoladex, zometa, entre outros.

Realizada por meio de uma sonda na bexiga após paciente ter realizado tratamento cirúrgico de remoção de câncer de bexiga. A vacina evita a reincidência do câncer de bexiga.

A reabilitação do trato urinário inferior é uma alternativa terapêutica preconizada pela International Continence Society (ICS) e que tem sido recomendada como uma eficiente opção de tratamento primário ou complementar em diferentes disfunções do trato urinário, entre elas, a incontinência urinária e a dificuldade para expelir a urina.

    Quem pode realizar o tratamento?

  • Homens e mulheres com disfunção miccional, como: bexiga hiperativa (urgências e perdas urinárias), bexiga neurogênica, dificuldade para urinar, retenção urinária, incontinência, perda urinária noturna e dificuldade de esvaziamento vesical;
  • Homens e mulheres que desejam prevenir a incontinência urinária;
  • Crianças com distúrbios miccionais e enurese.
    Técnicas utilizadas no tratamento

  • Exercícios do assoalho pélvico;
  • Biofeedback;
  • Modificações comportamentais;
  • Eletroestimulação;
  • Cateterismo vesical intermitente;
  • Manobras de esvaziamento vesical.

Exames

A Urodinâmica ou Estudo Urodinâmico é um valioso método complementar de diagnóstico que fornece avaliação funcional dos aspectos fisiológicos e patológicos envolvidos no armazenamento e esvaziamento da urina pelo trato urinário inferior.

Investiga as causas de disfunção miccional (incontinência urinária e esvaziamento incompleto da bexiga) e é indicado a pacientes com incontinência urinária, obstrução infravesical, pacientes com bexiga neurogênica, crianças com distúrbios, falhas no tratamento de incontinência, tratamentos cirúrgicos e pós-cirúrgicos, além de incontinência pós-parto.

    Modalidades

  • Urofluxometria;
  • Cistometria;
  • Perfil pressórico uretral;
  • Estudos miccionais com canais múltiplos;
  • Eletromiografia;
  • Estudo urodinâmico.
    Quais casos devem ser submetidos à avaliação urodinâmica?

  • Incontinência urinária;
  • Pacientes com obstrução infravesical;
  • Pacientes com bexiga neurogênica;
  • Crianças com complexos distúrbios miccionais e de continência;
  • Falha do tratamento da incontinência urinária;
  • Em tratamentos cirúrgicos, consiste em poderosa arma diagnóstica.

Contraindicações

Alguns casos, como infecção do trato urinário, estreitamento uretral e pacientes com plaquetopenia ou distúrbios sérios de coagulação, devem ser estudados com cautela antes da realização do estudo, podendo ser opção do médico o adiamento do mesmo.

Riscos relacionados aos exames

O estudo urodinâmico é bastante seguro e são raras as complicações graves. Quando ocorrem, são referentes a sangramento do trato urinário inferior e à infecção urinária.

O sangramento pode ser uretral, prostático (em homens) ou vesical, porém costuma ocorrer em pequena quantidade e autolimitado.

A infecção urinária é pouco comum (1,5% – 5%) e geralmente leve, acometendo principalmente a bexiga. Para evitá-las, é importante a profilaxia antibiótica conforme orientação do médico solicitante ou do executor do exame.

Preparo

O paciente deve chegar com 30 minutos de antecedência, vestindo roupas confortáveis e sem necessidade de jejum. Aos pacientes não portadores de incontinência urinária, recomenda-se chegar com a bexiga confortavelmente plena. Já os portadores de incontinência devem realizar o enchimento da bexiga no próprio local do exame. Se possível, recomenda-se também levar todos os exames relacionados à condição estudada, além de ser extremamente importante que a infecção urinária esteja afastada.

O termo de consentimento informado deve ser entregue no dia do exame, devidamente preenchido.

Trata-se de um procedimento no qual são colhidos fragmentos da próstata, dirigido pelo método de ultrassonografia transrretal. Esses fragmentos são acondicionados adequadamente e encaminhados ao laboratório de anatomia patológica para análise.

    Quais casos devem ser submetidos à biópsia de próstata

    Constatação de nódulos prostáticos por meio do toque retal;

    Pacientes com níveis elevados de PSA (geralmente acima de 4,0 ng/mL);

    Pacientes com idade abaixo dos 55 anos e que tenham PSA acima de 2,5 ng/mL4;

    Pacientes em que a densidade é maior que 0,15 e a velocidade anual maior que 0,75 ng/ml5.

    Riscos relacionados ao exame

    A biópsia é bastante segura e as complicações graves são raras. Comumente, as complicações são referentes às anestesias, sangramentos e infecções.

    Sangramentos pequenos na urina, fezes ou espermas podem ocorrer por alguns dias, mas cessam espontaneamente.

    As infecções são raras e têm como sintomas febre, calafrios e dores no ventre.

    Para evitá-las, é importante o uso de antibiótico profilático, conforme orientação médica pré-estabelecida.

    Preparo

    O paciente deve chegar com 1h de antecedência, sempre acompanhado. É importante levar todos os exames relacionados à próstata para que o médico possa avaliar antes de realizar a biópsia.

    O termo de consentimento informado deve ser entregue no dia do exame, devidamente preenchido.

Indicado para pacientes que tiveram o exame de sangue de PSA (Antígeno Prostático Específico) alterado, toque retal com suspeita ou algum tipo de alteração na ressonância, na biópsia de próstata por fusão as imagens de ressonância magnética são fundidas com as imagens de ultrassom, em tempo real, criando um mapa da próstata que possibilita aos médicos identificar melhor as áreas suspeitas. Dessa forma, aumenta-se a acurácia da biópsia, sem a necessidade de retirada de diversos fragmentos para a obtenção de um diagnóstico mais preciso. Outra vantagem é a detecção preferencial dos tumores que são mais agressivos.

Preparo

O paciente deve chegar com 1h de antecedência, sempre acompanhado. É importante levar todos os exames relacionados à próstata para que o médico possa avaliar antes de realizar a biópsia.

O termo de consentimento informado deve ser entregue no dia do exame, devidamente preenchido.

O paciente deve levar o CD com a ressonância da próstata ou da pelve para que as imagens sejam fundidas.